A menos de um mês para o Carnaval, o mundo do samba carioca é sacudido por uma grave acusação: a União de Maricá, comandada pelo prefeito Washington Quaquá, estaria sendo favorecida para vencer a Série Ouro.
A denúncia, feita por presidentes de outras escolas, aponta para um suposto acordo entre a LigaRJ e a Liesa que garantiria o título à agremiação, utilizando o dinheiro dos royalties do petróleo que a cidade recebe.
A revolta é geral. Ney Filardi, da União da Ilha do Governador, não esconde a indignação: “Eu seria hipócrita se não dissesse o repúdio total às notícias que surgiram essa semana. Gente, eu não vou deixar isso acontecer. Nós trabalhamos o ano todo!”.
Heitor Fernandes, da Em Cima da Hora, também critica: “A Maricá campeã? Ela tem que ter 10% da idade da minha escola, 1% de samba antológico que teve a minha, e não estou nem falando das outras. É só para ter noção”.
Reginaldo Gomes, do Conselho Fiscal da Inocentes de Belford Roxo, reforça a desconfiança: “Vai ter que suar muito para ganhar da Inocentes e das outras escolas que estão aqui. A tradição e o suor de anos não podem ser comprados com dinheiro fácil”.
Os presidentes denunciam que a cidade rica em royalties do petróleo estaria usando a força do dinheiro para tentar vencer a Série Ouro, desrespeitando a tradição das escolas que desfilam há muitos anos.
A União de Maricá, por sua vez, nega veementemente as acusações. A agremiação, que conta com o carnavalesco Leandro Vieira, já estaria montando sua equipe para o desfile de 2026.
A polêmica coloca em xeque a integridade do Carnaval e a disputa justa entre as escolas.
A pergunta que fica no ar: será que a gestão do prefeito Washington Quaquá vai interferir na festa mais popular do Brasil, usando o dinheiro público para beneficiar sua própria escola?
