Maricá, RJ – Uma reviravolta no comando da Autarquia de Serviços de Obras de Maricá (SOMAR) agitou o cenário político local nesta segunda-feira (19).
Na edição nº 1.734 do Jornal Oficial de Maricá (JOM), o prefeito Quaquá exonerou o então presidente, Lameira, para empossar Paulo Guilherme, figura de sua total confiança.
A manobra de Quaquá explicita uma estratégia de controle absoluto sobre espaços considerados cruciais.
Lameira, indicação do vereador Aldair de Linda, cede lugar a um nome ligado diretamente ao prefeito e ao líder do governo na Câmara.
Essa ação se soma ao movimento de convidar vereadores eleitos para o Executivo, abrindo espaço para suplentes com menor autonomia no Legislativo.
Essa blindagem política levanta questionamentos sobre a facilidade com que projetos futuros do prefeito poderão ser aprovados, incluindo a utilização do bilionário Fundo Soberano para iniciativas como a compra de projetos de alto custo ou a construção de um resort em Portugal.
A narrativa para a exoneração de Lameira já vinha sendo construída pelo próprio prefeito, que utilizava suas redes sociais para expressar insatisfação com os serviços da SOMAR.
A autarquia, responsável pelas obras públicas da cidade, gere um orçamento superior a R$ 900 milhões, montante maior que o orçamento total de muitas prefeituras.
Nos bastidores, outro nome ganha destaque nesse tabuleiro de poder: o vereador Hadesh.
Com trânsito livre em diversas áreas, ele passa a observar de perto a SOMAR, alimentando especulações sobre um possível interesse na presidência da Câmara Municipal.
Tal cenário deixaria Quaquá ainda mais confortável para avançar com seus planos futuros.
Os indícios apontam para um futuro de intensas movimentações e fortes emoções na política maricaense.
A “Operação Abafa” na SOMAR parece ser apenas o prenúncio de um jogo de poder com cartas marcadas.
