Maricá, no estado do Rio de Janeiro, vive um momento crítico em sua saúde pública, com os trabalhadores da área em estado de alerta devido a mudanças que podem desestruturar os serviços de atendimento à população.
A Organização Social CEMPES, encarregada da gestão das unidades de saúde na cidade, anunciou a intenção de contratar médicos e enfermeiros por meio do controverso modelo conhecido como Sociedade em Conta de Participação (SCP).
Este método não apenas precariza as relações de trabalho, mas também implica em consequências diretas à qualidade do atendimento.
As mudanças propostas pela CEMPES geraram uma onda de indignação entre os profissionais da saúde, que estão sendo pressionados a mudar de vínculos de trabalho para um formato que elimina uma série de direitos fundamentais, como férias remuneradas, 13º salário, FGTS, vale-alimentação e vale-transporte.
Além disso, mesmo sob este novo regime, os trabalhadores enfrentariam a ilegalidade de cumprir jornadas fixas com controle de ponto, ferindo o que determina a legislação vigente para contratos de Pessoa Jurídica.
Diante desse cenário alarmante, os trabalhadores da saúde programaram uma paralisação geral para o dia 9 de abril, com concentração marcada para às 10h na Unidade de Saúde da Família Central, seguindo em caminhada até a Secretaria de Saúde.
O objetivo é denunciar as condições severas que a categoria enfrenta e garantir que serviços essenciais, como os de urgência e emergência, sejam mantidos.
Enquanto a saúde pública de Maricá se desmorona e a insatisfação da população se intensifica, a administração municipal parece não priorizar o bem-estar da população, levantando questões sobre o comprometimento com as necessidades da comunidade.
A revolta popular é palpável, e a cidade se vê à mercê de uma gestão que não atende às demandas urgentes de sua população.
A situação exige um olhar atento e um posicionamento firme da sociedade, que deve se unir em defesa de seus direitos e da manutenção de uma saúde pública digna e acessível.
É um alerta vital para que se evitem danos irreversíveis à saúde da cidade.