O cenário político do Partido dos Trabalhadores (PT) ganha novos contornos com o anúncio da candidatura de Washington Quaquá à presidência da legenda. A decisão do vice-presidente do partido se dá em meio a um intenso racha na corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mais influente da sigla. A disputa se acirra com a participação de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), que conta com o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com o lançamento de sua candidatura, Quaquá traz à tona sua popularidade no partido, que enfrentou críticas de segmentos que nunca estiveram totalmente alinhados com suas ações.
O prefeito de Maricá, ao tomar essa decisão, se prepara para um confronto direto, apostando em sua experiência em articulações políticas e utilizando todos os recursos à sua disposição para se consagrar vitorioso.
Essa estratégia promete tornar a disputa mais acalorada, com o vencedor ganhando força política considerável, enquanto os derrotados carregarão a estigma da derrota em seus históricos.
Em uma postagem na rede social X, Quaquá deixou claro suas intenções de buscar a “revitalização do partido”, destacando a contribuição de Gleisi Hoffmann para a reeleição de Lula e, ao mesmo tempo, disparando críticas direcionadas a Edinho.
“Sou candidato à presidência do PT para fazer o debate político e garantir a revitalização do partido, processo iniciado com a ex-presidente Gleisi Hoffmann, companheira que sempre foi muito leal ao presidente Lula”, afirmou.
O candidato enfatizou seu compromisso em devolver ao PT sua essência histórica, que é o apoio às lutas do povo e, particularmente, dos mais humildes.
“Quero um PT popular, dentro das favelas de todo o País. Edinho nunca sujou os sapatos numa comunidade. Não sabe o que é povo”, provocou Quaquá, ressaltando um contraste entre sua trajetória e a de seu adversário.
Washington Quaquá é o quinto candidato a ingressar na corrida pela presidência do partido, cargo que foi ocupado por Gleisi Hoffmann até sua nomeação para a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, no mês passado.
A disputa interna ainda conta com outras figuras proeminentes, como o deputado Rui Falcão, o líder da corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar, e o secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira.
A movimentação acentua a tensão entre os diferentes segmentos do PT e coloca em evidência as estratégias que cada candidato pretende adotar para reconquistar a confiança dos filiados e do eleitorado.
Através desse desenrolar, o partido se aproxima de mais um capítulo de sua dinâmica interna, que promete ser decisivo para seu futuro político.