A emergência do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, vive um caos.
Pacientes denunciam uma superlotação alarmante e uma espera angustiante por atendimento médico.
Relatos colhidos pela nossa reportagem expõem a gravidade da situação. Um paciente, visivelmente debilitado, aguardava atendimento desde as 17 horas e, com a voz embargada, desabafou: “Não existe mais critério aqui. Estou com falta de ar, acho que posso ter algo mais sério a qualquer momento e não estão dando atenção. Me sinto um estranho na minha própria cidade”.
A crescente demanda na unidade de saúde coincide com o aumento das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o estado.
Médicos apontam que a elevação dos casos pode estar ligada à circulação do vírus da gripe e outras infecções respiratórias. Dados revelam que, desde o início do ano, quase 2.500 pacientes foram hospitalizados com SRAG.
Com a chegada do inverno, a tendência é de uma maior circulação desses vírus, conforme já era previsto pelos especialistas.
“Essa alta de casos que a gente tem observado, ela já era esperada pra essa época do ano. Por isso, é importante ter um planejamento já feito”, alertou um profissional de saúde, evidenciando a aparente falta de preparo diante do atendimento precário.
Enquanto pacientes sofrem com a demora e a falta de estrutura, a reportagem tentou, sem sucesso, contato com o Secretário Municipal de Saúde, Marcelo Velho.
O objetivo era obter esclarecimentos sobre os motivos da superlotação e da lentidão no atendimento emergencial. No entanto, o secretário não foi encontrado, gerando ainda mais questionamentos sobre a gestão da saúde no município.
A ausência de respostas por parte da Secretaria de Saúde em um momento tão crítico para a população acentua a sensação de abandono e negligência. A pergunta que fica é: onde está o secretário de saúde em meio ao caos que assola o principal hospital de Maricá…
