“Doenças Negligenciadas: Uma Crise Global que Ignora Milhões”

Cerca de um bilhão de pessoas no mundo, o que equivale a um sexto da população global, enfrenta as chamadas “doenças negligenciadas”.

Essas enfermidades, que representam uma preocupante lacuna na pesquisa farmacêutica, são em grande parte ignoradas pela indústria, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A falta de interesse por parte das grandes empresas farmacêuticas se deve, em grande parte, ao fato de que essas doenças estão fortemente associadas à pobreza e não oferecem um retorno financeiro atrativo.

Sinval Brandão, pesquisador da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), destaca que “elas estão relacionadas à pobreza, não têm muito interesse para o mercado porque não dão um retorno lucrativo”.

A OMS reconhece atualmente 17 patologias distintas que se enquadram nessa categoria, caracterizadas por afetar majoritariamente indivíduos de baixa renda e aqueles vivendo em condições de miséria, especialmente em países em desenvolvimento.

Apesar das particularidades de cada doença, um fator comum a todas elas é a sua prevalência em regiões economicamente vulneráveis.

Ethel Maciel, epidemiologista da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), ressalta que algumas dessas doenças são conhecidas há séculos, porém continuam a ser negligenciadas pela pesquisa e pelo desenvolvimento de tratamentos eficazes.

Essa realidade revela uma crônica de descaso que perpetua o ciclo de sofrimento de milhões de pessoas ao redor do mundo, exigindo uma maior atenção e compromisso tanto da comunidade científica quanto dos órgãos de saúde globais.

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