Na última sexta-feira (16/05), a Prefeitura de Maricá inaugurou a pomposa Universidade Livre do Carnaval (UniCarnaval), autointitulada a primeira instituição de ensino do mundo focada na economia criativa da festa popular.
Liderada pelo carnavalesco Milton Cunha, que assume a reitoria, a universidade promete oferecer formações técnicas a partir de junho.
No entanto, por trás da cortina festiva, paira uma grave denúncia: milhões dos cofres públicos municipais foram direcionados para este projeto, em detrimento de áreas cruciais como a saúde, que enfrenta superlotação e carência de investimentos urgentes.
A ostentação de um projeto com verbas públicas no total de mais de 7,8 MILHÕES dos cofres públicos direcionados para mais um projeto pessoal para criar a “Universidade do Carnaval”…

Enquanto isso:
Hospitais lotados
Lixo nas ruas
Serviços públicos em colapso
Paralelamente, o saneamento básico deficitário continua a despejar esgoto na Lagoa de Maricá, um crime ambiental que impacta todo o ecossistema local.
A escolha de nomes “estranhos” à história da cidade para posições de destaque na UniCarnaval, com salários robustos, acentua a indignação.
Recursos que deveriam sanar as urgências da saúde e do saneamento parecem irrigar um projeto com forte viés pessoal do atual prefeito, que, em suas ações, demonstra desconsideração pela história e pela identidade do povo maricaense.

A narrativa imposta pela atual gestão municipal parece querer reescrever a história de Maricá, ignorando figuras e legados importantes para a comunidade.
Essa tentativa de apagamento da memória local conta com o silêncio ensurdecedor da maioria dos vereadores, que, em vez de defenderem os interesses da população e a legalidade, optam pela omissão.
Diante deste cenário, a pergunta que ecoa é: a máxima “Maricá É Meu País” eleva o município a um patamar de exceção, onde as leis que regem o Brasil parecem não ter validade?
Até quando o Ministério Público permitirá que a gestão municipal priorize projetos pessoais em detrimento das necessidades urgentes da população, negligenciando a saúde, o saneamento e a própria história de Maricá?
A Lei assistirá impassível a este atropelo da legalidade?