Enquanto Maricá enfrenta desafios que vão de CRIME AMBIENTAL , e denuncias feitas no plenário do Legislativo de Maricá contra atual administração de Maricá, serviços públicos precários, o prefeito Washington Quaquá, conhecido por sua paixão por holofotes, liderou uma comitiva da União de Maricá em uma extravagante excursão de seis dias a Cuba.
A delegação, que desembarcou no Brasil nesta terça-feira, retornou com relatos de apresentações vibrantes e encontros musicais emocionantes na Feira Internacional de Turismo de Havana (FITCuba).
A União de Maricá, agraciada com R$ 8 milhões e um controverso quinto lugar no carnaval carioca, desfila rras cubanas como se tivesse conquistado o título máximo da Sapucaí. Sob o som de pandeiros e tamborins, a escola levou o samba para a ilha, com direito a encontros musicais simbólicos, como a parceria entre a bateria Maricadência e o grupo afro-cubano Madreagua.
O mestre de bateria Paulinho Steves descreveu a experiência como “enriquecedora”, destacando a troca cultural e a “construção de pontes” entre os ritmos brasileiros e cubanos.
O intérprete Zé Paulo Sierra ecoou o sentimento, ressaltando a “dimensão simbólica” da viagem e a recepção calorosa do público cubano.
No entanto, a pergunta que ecoa nas ruas de Maricá é: enquanto o samba ecoava em Havana, quem cuidava da cidade?
A presença do prefeito em Cuba, em um momento em que a população local clama por melhorias, levanta questionamentos sobre suas prioridades. A participação da escola nas celebrações do Dia do Trabalhador em Cuba, enquanto a data passava despercebida em Maricá, apenas intensificou a sensação de abandono.
A extravagância da viagem, financiada com recursos públicos, contrasta com a realidade de muitos moradores, que enfrentam dificuldades diárias.
A rejeição ao prefeito, já crescente, promete aumentar à medida que a população se pergunta se o samba em Cuba valeu o preço do descaso com os problemas locais.