Seleção Brasileira perde novamente uma final em casa, mostrando um elenco fraco

No duelo de gigantes entre Brasil e Argentina, no Maracanã, quem fez a festa foram os convidados na noite deste sábado (10). No local mágico do futebol brasileiro, o Maracanã, foi a Argentina quem deu o golpe inicial e conquistou o título da Copa América, quebrando jejum de 28 anos.

Com início equilibrado, a partida teve muita marcação e as equipes foram explorando os espaços. Aos 21 minutos, De Paul lançou para Di María, que contou com a bobeira de Renan Lodi para sair frente a frente com Ederson e, com extrema categoria, tocar por cobertura e abrir o placar para a Albiceleste, 1 a 0.

A Argentina pegou gosto pelo jogo, passou a trocar passes, envolvendo o Brasil e sendo um time mais incisivo no jogo. Neymar começou a ficar irritado, era o alvo de faltas dos marcadores argentinos. A seleção de Tite buscava responder com investidas com Everton Cebolinha, ex-Grêmio, e Fred, ex-Inter. Mas era ineficiente.

O primeiro terminou com vantagem dos argentinos. A segunda etapa iniciou e com ela seguia a impaciência brasileira contra a catimba argentina. Mas o Brasil cresceu e conseguiu converter suas tentativas em chances reais. E logo aos 7 minutos da segunda etapa, em jogada infiltrada, Richarlison marcou o gol da seleção canarinha. Mas o atacante estava adiantado e o gol foi anulado.

Tite buscou alternativas, e a seleção cresceu em volume de jogo. O Brasil tentava jogadas aéreas, de infiltração, mas Emiliano Martínez era uma muralha.

A um minuto do fim do tempo complementar, Messi, o gênio da bola, cara a cara com Ederson, perdeu um gol claro que poderia ter ampliado a vantagem argentina. A arbitragem deu cinco minutos de acréscimo, mas não foi suficiente para o time comandado por Tite empatar a partida.

Os argentinos conquistaram sua 15ª Copa América.

Há 30 anos o Brasil não perdia para a Argentina na Copa América e há 46 anos não sabia o que era perder um jogo de Copa América em casa.

ESCALAÇÕES
BRASIL – Ederson; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro, Fred, Lucas Paquetá; Neymar, Éverton Cebolinha e Richarlison. Técnico: Tite.

ARGENTINA – Emiliano Martínez; Montiel, Romero, Otamendi e Acuña; Rodrigo De Paul, Paredes e Lo Celso; Messi, Lautaro Martínez e Di María. Técnico: Lionel Scaloni.

Finais e retrospecto
Brasil e Argentina jogaram quatro finais. A primeira delas, em 1937, os hermanos ficaram com o título. As duas equipes só voltaram a se encontrar em uma final em 2004, quando a seleção brasileira triunfou por 4 a 2 na disputa de pênaltis. Aquele jogo reserva uma emoção especial para os brasileiros, que empataram a partida com um gol de Adriano Imperador no último lance do jogo.

Em 2007, na Venezuela, 3 a 0 para o Brasil, com gols de Júlio Baptista, Ayala, contra, e Daniel Alves. O troco argentino veio agora em 2021, dentro do Maracanã.

A última vez que a Argentina havia sido campeã foi em 1993, quando venceu o México. Já o Brasil, era o atual campeão continental, pois em 2019, última edição, havia derrotado o Peru por 3 a 1.

História

Na história da Copa América, este confronto no Rio de Janeiro foi o 34º da história. O Brasil venceu 10 vezes, a Argentina ganhou 16 e em outras oito partidas houve empate. Foi a oitava vez que as seleções se enfrentam em terras brasileiras. A seleção brasileira estava invicta até hoje, eram 6 vitórias e um empate.

Ao longo da história são 107 confrontos. A vantagem é brasileira, 43 vitórias, 25 empates e 39 vitórias dos argentinos.