A variante delta do coronavírus é “uma tragédia amplamente evitável, que vai piorar antes de melhorar”, segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Em um pronunciamento nesta terça-feira (3), Biden criticou governadores republicanos que estão proibindo que governantes municipais determinem que a população seja obrigada a usar máscaras de proteção novamente.
Por causa da disseminação da variante delta, mais contagiosa, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) recomendou no final de julho que mesmo pessoas vacinadas voltassem a usar máscaras em ambientes fechados.
Ele citou, por exemplo, os estados do Texas e da Flórida, onde além disso os índices de vacinação são relativamente baixos em comparação com os demais. Juntos, os dois respondem atualmente por um terço de todos os casos de Covid dos EUA.
“Eu digo a esses governadores: por favor, ajudem”, disse. “Mas, se vocês não vão ajudar, pelo menos saiam do caminho das pessoas que estão tentando fazer a coisa certa. Usem seu poder para salvar vidas”.
Para ressaltar a eficácia e importância da vacinação, o presidente destacou que, embora o país esteja enfrentando um novo aumento no número de casos, as hospitalizações e mortes não tiveram um crescimento proporcional.
Outro fator essencial a observar, afirmou Biden, é que a grande maioria das pessoas que estão internadas ou que ainda morrem de Covid nos EUA não tomaram nenhuma dose de nenhuma vacina contra a doença.
Segundo o presidente norte-americano, o país lida agora com uma “pandemia dos não vacinados”.
Variante dominante
Segundo a OMS, a delta já foi detectada em pelo menos 96 países e é cerca de 55% mais transmissível que a alfa, variante inicialmente identificada no Reino Unido e atualmente presente em pelo menos 172 países. A alfa já era cerca de 50% mais contagiosa que o vírus original e provocou novas ondas de infecções em vários países no início do ano.
“Devido ao aumento na transmissibilidade, a delta deverá superar rapidamente as outras variantes e se tornar a variante dominante nos próximos meses”, diz a OMS.