O deputado federal Washington Luiz Carlos, conhecido como “Quaqua”, denunciou nesta quinta-feira (29) o que considera um abuso de autoridade por parte da Polícia Federal na operação realizada na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro.
Segundo Quaqua, a operação foi baseada em um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) ao qual a prefeitura já está respondendo e resolvendo.
A PF teria pedido a prisão de oito agentes públicos, mas o pedido foi negado pelo Ministério Público Federal e pelo juiz responsável pelo caso.
“Uma policial federal irresponsável agiu de forma política, esperando 20 minutos a chegada da equipe de reportagem da TV Globo para iniciar a operação no hospital, quando a denúncia se referia justamente a esse local”, afirmou Quaqua.
O deputado fez um paralelo com as operações da Lava Jato, que, segundo ele, “foram usadas para fazer política”. Ele lembrou que a mesma PF que invadiu a casa do ex-presidente Lula e apreendeu o notebook de seu neto, o que resultou em mais de 500 dias de prisão ilegal, agiu da mesma forma em Maricá.
“O Congresso não pode permitir que agentes do Estado sejam usados para fazer política”, disse Quaqua. “É necessário criar novos marcos legais para o Ministério Público e a Polícia Federal, ampliar a Lei de Abuso de Autoridade e fazer um controle de quem controla. Este país não tem nenhum controle. Esta Casa é a guardiã da democracia”, finalizou.
A operação da PF em Maricá aconteceu na última terça-feira (27).A investigação apura possíveis desvios de recursos públicos na área da saúde.
A Polícia Federal se manifestou em nota oficial, negando as acusações de abuso de autoridade e afirmando que a operação em Maricá foi realizada dentro da legalidade.
A PF também disse que não houve qualquer tipo de favorecimento à imprensa e que a investigação segue em curso.
