O PARQUE TECNOLÓGICO DE MARICÁ E A SIMBIOSE INDUSTRIAL…

Aconteceu no dia 22.05, na Casa G20, junto a Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, um encontro sobre Economia Circular, puxado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro: “Seminário de Economia Circular: Um caminho para a Agenda 2030.

Entre sua programação, por conta de um projeto que acontece no Distrito Industrial de Santa Cruz, assistimos uma apresentação sobre Simbiose Industrial. Processo que teve início na Dinamarca, em finais da década de 60.  Processo onde, empresas próximas trocam materiais entre si, rejeitos industriais e o reuso da água, como alguns exemplos. O rejeito de uma indústria pode servir de matéria prima para outra indústria. Foi apresentado como um dos exemplos, a água resultante do resfriamento de uma refinaria, que aquecida, é transferida para gerar calor na indústria próxima ou para geração de energia, diminuindo o gasto da empresa receptora.

Além da Dinamarca, vários outros países experimentam com sucesso a “simbiose”, como China, Porto Rico, Austrália, Reino Unido e outros. No Rio o processo se dá através do Governo estadual e as empresas Kalundborg Symbiosis, em parceria com a Clean Cluster, a Viegand Maagøe e a Grennova Hub.

Maricá esteve representada no evento através do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá, através de sua Diretoria de Tecnologia, que apresentou uma palestra sobre a Economia da Funcionalidade e da Cooperação, muito bem recebida pelos presentes. Depois a equipe se dividiu em dois “workshops”: um sobre a questão da simbiose; e o outro sobre a aplicação da Economia Circular em relação ao rejeito sólido – o lixo. Ambos muito bem aproveitados.

E nosso Parque tecnológico de Maricá, o PqTM? O projeto de implantação já poderia prever, em seu escopo inicial, a questão da Simbiose. Sua planta seria pensada de maneira a estar incluída em sua infraestrutura, a possibilidade da troca das “externalidades”, do reuso da água etc. Aliás, deveria ter como premissa, que toda empresa que fosse se instalar no PqTM, captasse energia, água, água para reuso (consta na Simbiose) e tratamento de seu esgoto, bem como das instalações do PqTM. Aliás, passou da hora a discussão nos prédios públicos que vierem ser construídos, bem como na possibilidade da adaptação dos existentes. Podemos aproveitar que se aproxima mais um Conselho da Cidade – CONCIDADE, para esta discussão/proposta entrar na pauta. Que venha 2030, ou melhor, 2050. Pois só faltam 6 anos para o prazo da Agenda 2030 – “_tamos_” atrasados, e muito.

Sérgio Mesquita

Serve. Público – Dir. PT-Maricá