Projeto vai pesquisar e mapear os cerca de mil templos cristãos dentro do município
A Prefeitura de Maricá, por meio do Instituto Municipal de Informação e Pesquisa Darcy Ribeiro (IDR), em parceria com a Secretaria de Assuntos Religiosos, realizou no sábado (25/05) o lançamento do “Censo das Igrejas Evangélicas” em Maricá.
Celebrado no Dia Municipal do Evangélico, o evento aconteceu na Igreja Batista Atos 2, em Itapeba, e contou com a participação do prefeito Fabiano Horta, da primeira-dama Rosana Horta, do secretário de governo, João Maurício de Freitas, além de pastores e pastoras da cidade.
O diretor de informação e pesquisa do IDR, Tiago de Paula, também prestigiou o encontro.
“A igreja evangélica, em Maricá, como no Brasil, é uma dimensão cada vez maior de inserção social, de presença social. Isso constrói um conjunto de valores importantes.
A afirmação da nossa humanidade, como bem disse o peregrino de Nazaré, era que o amor, a transcendência e o divino também se expressassem na terra com o fundamento de amar ao próximo como a si mesmo”, enfatizou o prefeito Fabiano Horta, ao destacar valores e presença do público evangélico no município.
“A importância do Censo das Igrejas Evangélicas de Maricá é para criar de fato políticas públicas direcionadas às necessidades das lideranças, assim como atender as demandas da igreja e da sociedade ao redor.
Quando o poder público tem os indicadores, ele consegue ser mais eficiente nos projetos e ações”, comentou o secretário de Assuntos Religiosos de Maricá, Jessé Paz.
Com aproximadamente mil igrejas evangélicas espalhadas por toda cidade, o censo ajudará a conhecer melhor a localização, o aporte financeiro e social de cada templo religioso.
Por meio das pesquisas, será possível conhecer a necessidade de cada igreja e favorecer as políticas públicas inclusivas do município.
A realização da pesquisa será censitária, buscando entrevistar todos os templos evangélicos já mapeados pelo IDR. Em seguida, a equipe responsável vai adotar o método “bola de neve”, em que igrejas entrevistadas indicam novos templos.
“Eu posso dizer que está sendo um sonho participar de tudo que está acontecendo, pois há muito tempo vínhamos almejando ter essas informações para trazer melhorias para as igrejas.
Além de poder ajudar os pastores em cursos e na legalização do templo, pois é muito importante que a igreja tenha o seu CNPJ e alvará.
Com o censo saberemos desses detalhes e vamos ter como ajudar”, relatou o presidente do Conselho de Ministros Evangélicos de Maricá (Comem), pastor Ronan Homem.
Segundo o presidente da Associação de Ministros Evangélicos de Maricá (AME), pastor Vladimir Castro, as pesquisas do censo funcionarão como uma referência para as estratégias e projetos.
Com as informações socioeconômicas e geográficas, será possível construir linhas de ações para alcançar a necessidade de cada igreja dentro do município.
“O IDR nos trouxe essa oportunidade de sistematizar e organizar as informações da cidade pelo censo, que nos faz ter um olhar para fora do templo e conseguir informações que não temos.
Dessa forma, vamos conseguir ter um referencial para criar projetos em benefício de cada igreja localizada dentro dos bairros de nossa cidade”, ressaltou.
Após a realização do Censo de Matriz Africana e Terreiros, também realizada pelo IDR, que tinha o intuito mapear os templos afro-religiosos da cidade, o Censo das Igrejas Evangélicas chega como um reforço na defesa da liberdade de culto no município.
A pesquisa vai auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas, além de preservar e destacar a diversidade religiosa dentro de Maricá.
“Temos o papel de fazer com que as políticas públicas e a diversidade religiosa sejam baseadas em dados. Anteriormente, já fizemos isso com o Censo de Matriz Africanas e Terreiros, e agora estamos fazendo com as igrejas evangélicas.
Por meio dos cadastros que serão feitos, vamos realizar agendamentos para visitar as igrejas, ouvir os pastores e fazer o levantamento desses dados, que serão importantes não só para os templos cristãos, mas também para Maricá, que terá políticas públicas cada vez mais assertivas”, comentou o diretor de pesquisa e informação do IDR, Tiago de Paula.