Crise na Saúde Pública de Goiânia: Prisões e Irregularidades

Na manhã desta quarta-feira, 27 de novembro de 2024, o Secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e outros dois gestores da pasta foram presos durante a Operação Comorbidade, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).

Essa operação investiga graves irregularidades na gestão da saúde pública, que resultaram em um passivo de R$ 121,8 milhões junto a fornecedores.

Detalhes da Operação Comorbidade

Prisão: Wilson Pollara, Quesede Ayres Henrique (secretário-executivo) e Bruno Vianna (diretor financeiro).

Mandados: Foram cumpridos três mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão.

Valores encontrados: Durante as buscas, foram apreendidos R$ 20.085 em espécie.

Irregularidades e Crise na Saúde

De acordo com o MPGO, os envolvidos deixaram de repassar verbas públicas previstas em convênios a entidades do terceiro setor, especialmente à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc).

Essa omissão gerou um passivo significativo e contribuiu para uma crise de gestão sem precedentes na rede pública de saúde da capital, caracterizada por:

Desestruturação da assistência hospitalar: Acesso restrito a leitos de enfermaria e UTI.

Falta de insumos básicos: Interrupção de serviços essenciais.

Deficiências em políticas públicas: Descumprimento de decisões judiciais e burla aos órgãos de controle externo.

Indícios de irregularidades: Em diversas contratações, resultando em uma “violação massiva de direitos fundamentais”, especialmente os direitos à vida e à saúde da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS).

A situação atual exige uma resposta rápida e eficaz das autoridades para restaurar a confiança na gestão da saúde pública e garantir o acesso adequado aos serviços essenciais para a população.

A Secretaria de Saúde afirmou que está colaborando com as investigações e reafirmou seu compromisso com a transparência.