Há quem diga que a sorte não bate na mesma porta duas vezes. Mas, no caso do funcionário público Carlos Augusto Costa, de 59 anos, ela já bateu três vezes, e de fusca. O morador de Cubatão (SP) já ganhou três fuscas em menos de um ano participando de rifas diferentes. Apaixonado por esse modelo de carro, ele segue em busca do quarto veículo para continuar aumentando sua coleção.
Em entrevista ao G1, o funcionário público, conhecido como ‘Buda da Câmara’, explicou que começou a investir nas rifas há pouco mais de um ano. A paixão por esse carro começou ainda na adolescência, enquanto ele limpava o fusca de uma tia, que depois o deixava dar uma volta no quarteirão.
Alguns anos depois, a mesma tia deu um fusca para ele de presente. Porém, quando Carlos estava levando o veículo para uma vistoria, para receber a placa de carro de colecionador, teve a traseira do automóvel atingida por outro carro.
O veículo não foi mais o mesmo depois do acidente, que ocorreu há mais de um ano. Ele deixou o fusca parado, na casa do pai, onde o veículo foi se deteriorando aos poucos. Deprimido com a situação, ele começou a encontrar rifas na internet que ofereciam fuscas como prêmio, e decidiu participar.
De acordo com o servidor, as rifas geralmente custam entre R$ 35 e R$ 37. A primeira vitória ocorreu no dia 4 de novembro de 2020. Mesmo com um veículo na garagem, ele decidiu continuar comprando rifas, e ganhou seu segundo fusca no dia 5 de maio deste ano.
Apesar de a família achar que não havia mais espaço em casa para tantos carros, Costa comprou e venceu sua terceira rifa no último sábado (10), levando para casa, além de um fusca azul, o valor de R$ 1 mil.
“Já posso dizer que sou um colecionador, né? Os carros são de 1968, 1969 e 1970. Acho que meu segredo é ter bastante fé. Eu faço com pensamento positivo, de que vou jogar e vou ganhar. Mas, também me considero sortudo”, conta.
Buda explica que o carro vermelho foi alterado e, por isso, não pode ser considerado um item de colecionador. Mas os outros sim, pois são originais. A paixão pelo carro só não é maior que a que ele tem pela família, que após tantos anos acompanhando o interesse do funcionário público passou a gostar também do modelo.
Após a onda de sorte, o morador de Cubatão diz que passou a receber várias mensagens de pessoas pedindo números da Mega-Sena. Nessa modalidade lotérica, o funcionário público ainda não ganhou, mas aposta também, por isso, não compartilha os números que costuma jogar.
“Muita gente me chama para pedir números da Mega-Sena, mas esses eu não passo, não. Guardo para mim”, relata.
Questionado sobre o que faz para ganhar, ele conta que não tem um método, mas que o pensamento positivo ajuda bastante.
“Apenas uso números que gosto, meus números da sorte, e tem dado certo”, explica.
Com três fuscas na garagem em menos de um ano, Costa já está participando de uma nova rifa para ganhar o quarto carro para a coleção. “Eles [família] falam que não cabe mais na garagem, mas eu acho que sempre tem espaço para mais um. Fiquei muito feliz quando ganhei o primeiro, e minha fé tem me ajudado a ganhar mais”, conclui.