Dados do Sistemas de Informação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Rio mostram que do início de novembro até 15 de dezembro, foram notificadas 17 mortes em decorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocada por Influenza, na capital.
Nesse mesmo período, foram notificados 427 casos de SRAG provocado por esse mesmo tipo de vírus.
Os maiores números de casos e de mortes provocadas pelo vírus Influenza foram registrados em dezembro. De acordo com dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe-SIVEP, foram 14 óbitos e 336 casos.
Além da cidade do Rio, as cidades de Magé, São João de Meriti e Japeri, localizadas na Baixada Fluminense, também enfrentam um aumento no número de casos de gripe provocados pela cepa H3N2. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio reconheceu que há uma epidemia de Influenza A na Região Metropolitana.
O estado do Rio recebeu, nesta quinta-feira (16), mais 52.140 doses de vacinas contra gripe, doadas pelo governo de Minas Gerais. As doses serão distribuídas pela secretaria de saúde entre os outros 91 municípios do estado, já que a capital recebeu 100 mil doses cedidas pelo Espírito Santo na última quarta-feira (8).
Em algumas cidades como Magé e Nova Iguaçu, os estoques do imunizante estão zerados. E em Niterói e São Gonçalo, segundo as prefeituras, há poucas doses.
Na última quarta-feira (15), o Instituto Butantan, de São Paulo, anunciou que vai começar a atualizar a vacina contra a gripe a partir de janeiro, respeitando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O Butantan já está preparando os bancos virais para a atualização do imunizante e, em janeiro, inicia-se a produção dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) da vacina contra a Influenza”, informou o instituto por meio de um comunicado.
O Instituto, que é o maior produtor de vacinas da gripe do hemisfério sul, disse que entregou neste ano 80 milhões de doses contra a H1N1 para o Ministério da Saúde. A vacina atua contra três cepas do vírus da gripe, as pertencentes à linhagem A, que são H1N1 e H3N2, e outra, que pertence à linhagem B, conhecida como B Victoria.
“A recomendação da OMS é que a receita vacinal seja atualizada para contemplar a mutação Darwin, da variante H3N2”, explica o instituto.
Depois da confirmação de epidemia na capital do Rio de Janeiro e em cidades da Região Metropolitana, a capital paulista reconheceu que está sob surto de gripe. O secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, confirmou o quadro.