Assistência Social oferece capacitação para servidores sobre a Primeira Infância

Fotos: Elsson Campos
Fotos: Elsson Campos

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Assistência Social, promoveu nesta terça-feira (08/11) uma capacitação cujo tema foi ‘Primeira Infância na Agenda Pública Brasileira’, voltada para servidores da pasta e membros do Conselho Tutelar do município.  O objetivo do evento, realizado no campus da Universidade de Vassouras no Flamengo, é iniciar a elaboração do Plano Municipal pela Primeira Infância, identificando fatores internos e externos que afetam o cuidado familiar e também prioridades para o setor.

As palestras foram ministradas pelas pesquisadoras Cristina Laciette Porto e Carolina Terra, ambas pesquisadoras do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI), ligado à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO). Segundo Cristina, o modelo do plano é o que já existe desde 2013 na cidade do Rio.

“Nosso desafio é trazer essa experiência do Rio e elaborar um plano para Maricá. Lá tivemos alguns problemas na implementação por questões políticas, mas aqui vamos estudar e adaptar as diretrizes para a necessidade local”, ponderou ela, enquanto Carolina destacou o interesse do governo maricaense em ter um plano com este para a cidade.

“Ver que a prefeitura está disposta a ter seu plano é algo que sinaliza que não deve haver dificuldades em consolidá-lo, o que é sempre um bom indicador. Mesmo sendo uma demanda permanente, o tema em si é uma novidade e traz questões bastante específicas que merecem atenção”, explicou a pesquisadora.

Na abertura do evento, a subsecretária de Economia Solidária Laura Costa – que já ocupou a Secretaria de Assistência Social – lembrou que, na última segunda-feira (07/11), a 12ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente tratou de assuntos voltados para esta faixa de idade falando dos prejuízos causados pela pandemia da Covid-19.

“Com a primeira infância não foi diferente, e talvez tenha sido ainda mais cruel porque é nesse período que se inicia a formação do cidadão. Também por isso, defendo que todos os setores do governo deveriam ter a primeira infância como prioridade, porque todos são utilizados e devem beneficiar essa população”, frisou Laura, cuja fala foi reforçada pela coordenadora de Formação Continuada da Assistência Social, Luana Reis.

“Não só as violações de direitos fundamentais da primeira infância aumentaram muito no período da pandemia, como também o distanciamento não permitiu que as crianças fossem acompanhadas pelos serviços de proteção, o que as tornou ainda mais frágeis do que já seriam”, analisou.