O Rio Grande do Sul, atualmente sob o jugo de uma calamidade pública decretada em decorrência das fortes chuvas e enchentes que assolam o estado, ostenta, ironicamente, a segunda maior área rural segurada do país.
A tragédia que se desenrola, com centenas de mortes e milhares de desabrigados, expõe as falhas gritantes na proteção das áreas rurais, deixando claro que a cobertura securitária, por si só, não é suficiente para mitigar os impactos devastadores de eventos climáticos extremos.
Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, se configura como um triste exemplo da magnitude da crise.
A cidade, duramente atingida pela fúria das águas, viu-se obrigada a evacuar 150 mil pessoas, o equivalente a 43% de sua população.
O prefeito Jairo Jorge (PSD) descreve um cenário apocalíptico, comparando a parte Oeste do município a um “grande lago”.
Dados ainda mais alarmantes revelam que 66 mil pedidos de resgate foram registrados até o momento, dimensionando a escala do sofrimento da população.
A tragédia gaúcha serve como um alerta contundente para todo o país.
A mera existência de um seguro não garante a segurança da população rural, especialmente diante da intensificação dos eventos climáticos extremos.
É urgente a implementação de políticas públicas robustas e eficazes, que priorizem a prevenção de desastres e a mitigação de seus impactos, garantindo a proteção da vida e do bem-estar das comunidades rurais em todo o Brasil.