GAECO/MPRJ e Polícia Civil cumprem mandados contra organização que desviou mais de R$ 6 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo…

De acordo com o GAECO/MPRJ, as investigações revelaram que as duas empresas de construção civil foram criadas exclusivamente para firmar contratos com o Município de Arraial do Cabo entre 2018 e 2020. 

Uma das empresas de fachada usadas no esquema pertencem ao ex-sócio do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, da Rocinha.

Os valores referentes aos contratos administrativos firmados de forma irregular eram depositados nas contas das empresas contratadas, pertencentes a um dos denunciados. Posteriormente, os recursos eram distribuídos para conta de particulares, com a finalidade de ocultar o dinheiro e os seus destinatários finais. 

Ainda segundo as investigações, a conta bancária da empresa Atlantic, que tinha um único sócio “laranja”, também denunciado pelo GAECO/MPRJ, era utilizada como uma holding para lavagem de dinheiro.

A denúncia revela que alguns contratos foram celebrados por dispensa de licitação.

A apuração apontou ainda o desaparecimento de processos administrativos e de documentos referentes aos procedimentos licitatórios relacionados às empresas, na tentativa de dificultar a apuração dos atos ilegais praticados pelo grupo criminoso junto à Prefeitura de Arraial do Cabo. 

A operação recebeu o nome de “Toque de Caixa” porque os pagamentos referentes às obras – não entregues – foram feitos apressadamente, nos últimos dias do mandato do então prefeito.

TVC: Informações complementares…

Na ação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Maricá, Itaperuna, São José de Ubá e Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ao todo, 19 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, incluindo o ex-prefeito Renatinho Vianna, o ex-vice-prefeito Sérgio Lopes de Oliveira Carvalho, os ex-secretários de Saúde Antonio Carlos de Oliveira (Kafuru) e Paulo Roberto Trípoli Fontes, o ex-secretário de Obras Francisco de Assis Teixeira Soares e diversos ex-servidores. Além disso, a Justiça decretou a prisão preventiva de Marquinhos de Nicomedes e o sequestro de bens dos investigados.

O alvo principal da operação foi preso no início da manhã.