A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, promoveu nesta quarta-feira (25/09) mais uma edição do projeto ‘Espraiado – Histórias que Encantam’, que acontece na E.M. Espraiado e onde os alunos conhecem a história do bairro onde vivem, contada por antigos moradores. Neste bimestre, a convidada foi Joana Soares de Morais, que tem 78 anos de idade e morou na localidade por mais de 60 anos.
Com dois filhos e três netos, Joana disse às crianças que foi cobradora de ônibus e que trabalhou no hospital Conde Modesto Leal, no Centro. Ela revelou ainda que por anos organizou festas para as crianças do bairro.
“Hoje as crianças têm muito mais coisas do que as do meu tempo tinham. Hoje o Espraiado é até um bairro rico, comparando com antigamente, mas antes a gente trazia as coisas para cá. Desde aquela época, o que me recompensa é a alegria dessas crianças e o abraço que cada uma vem me dar quando falo com elas”, contou Joana.Brasil-Escócia
A diretora da unidade, Gisely Costa, afirmou que o evento é parte de um projeto de leitura escrita, que será trabalhando em sala de aula junto aos alunos. Ela também ressaltou a importância histórica dos encontros.
“É fundamental resgatar a história do lugar onde essas crianças vivem, e são os moradores antigos que vão trazer essa visão. Vamos ter um convidado a cada bimestre em nossa escola”, garantiu ela, ao revelar que a E.M. Espraiado é mais uma a integrar a rede de unidades interfronteiras, passando a se chamar também Brasil-Escócia.
“Começamos com esse perfil recentemente, na segunda metade deste ano, e o retorno está sendo o melhor possível vindo dos alunos”, contou Gisely, ao lado do professor de inglês Mateus Augusto, um dos responsáveis pela montagem do perfil interfronteiras. Ele falou sobre como estão sendo esses primeiros dias.
“No início foi um ‘baque’ para as crianças, que não entenderam muito bem a proposta, mas isso mudou depois que passamos a utilizar elementos do cinema, por exemplo, como a história da saga ‘Harry Potter’, que se passa na Escócia. Temos também uma amiga brasileira que vive naquele país e já interagiu com os alunos. No geral, está sendo muito bom”, afirmou ele, que também é instrutor de robótica na escola.