Na última segunda-feira (17/02), um grave incidente na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da SANEMAR, em Itaipuaçu, provocou o vazamento de esgoto pela rua 47, gerando grande preocupação e indignação entre os moradores do bairro Jardim Atlântico Central.
O rompimento de um dos tanques de rejeitos da unidade, inaugurada há apenas 18 meses pela ex-presidente da SANEMAR e atual vereadora Rita Rocha, expôs novamente os fragilizados sistemas de saneamento da cidade.
O problema é especialmente constrangedor para a vereadora, que no mesmo dia realizou um ‘mea culpa’ durante a primeira sessão do legislativo municipal de 2025.
Rita Rocha reconheceu que o saneamento é um dos maiores desafios enfrentados em Maricá, afirmando, ainda, o sonho de voltar a usufruir das lagoas da região.
O que deveria ser um marco de progresso e infraestrutura para a cidade, com a inauguração da ETE em 8 de julho de 2023, se transformou em um verdadeiro alerta sobre as falhas estruturais e de planejamento.
A prefeitura de Maricá, através da SANEMAR, garantiu que as equipes técnicas tomaram medidas imediatas para conter o vazamento e realizar a limpeza da área afetada.
No entanto, a questão que se impõe é: que garantias existem de que outros tanques e estações, recém-inaugurados, não estarão sujeitos à mesma fragilidade?
E, sob a nova presidência da sociedade de economia mista, Márcia da Silva Ferreira, os moradores se perguntam se as soluções adotadas irão realmente resolver os problemas históricos do saneamento no município ou se, ao contrário, herdarão uma “herança maldita” que seguirá a impactar a qualidade de vida da população.
A situação atual exige uma fiscalização rigorosa e um comprometimento sólido para evitar que novos desastres como esse se repitam.
A comunidade aguarda respostas e ações efetivas que garantam um futuro mais seguro e saudável em Maricá.
