A volta às aulas em Maricá foi marcada por um cenário de caos: centenas de trabalhadores da empresa CERTVS, contratados pela prefeitura para serviços administrativos na educação e saúde, estão com seus salários atrasados desde dezembro.
O problema afeta diretamente o funcionamento das escolas, com diretoras assumindo funções de matrícula e outros procedimentos devido à falta de funcionários.
A situação se agrava com o atraso no pagamento do vale-alimentação, levando muitos profissionais a faltar ao trabalho.
Professores relatam a dificuldade de lidar com a situação, especialmente diante de notícias sobre viagens internacionais de autoridades municipais.
A falta de pagamento impacta diretamente a vida dos trabalhadores, que enfrentam dificuldades para arcar com suas despesas básicas.
A prefeitura de Maricá, em nota, afirma estar acompanhando a situação e cobrando a CERTVS pela regularização dos pagamentos, com a possibilidade de aplicação de multas e outras sanções administrativas.
No entanto, os servidores consideram as medidas insuficientes, questionando a inércia da prefeitura em tomar medidas mais contundentes para garantir o pagamento dos salários.
A indignação se intensifica ao observar a atuação da Procuradoria do Município. Enquanto a mesma utiliza a lei com rigor para colocar contribuintes em dívida ativa, bloqueando suas contas bancárias, a agilidade para defender os direitos dos trabalhadores parece inexistente.
A pergunta que fica no ar é: por que a Procuradoria age com tamanha disparidade, utilizando todo o rigor da lei para cobrar dívidas, mas se mostrando inerte em relação ao cumprimento do contrato pela empresa contratada, garantindo o pagamento dos salários dos professores?
Enquanto a Procuradoria se mantém inerte, os trabalhadores da educação em Maricá se veem em uma situação de incerteza e desamparo, sem saber quando receberão o que lhes é devido e sem entender a razão da inércia da Procuradoria em defender seus direitos.