O clima de tensão na educação de Maricá, município do Estado do Rio de Janeiro, aumenta à medida que o prefeito Washington Quaquá (PT) anuncia que irá cortar o ponto de servidores públicos que faltarem ao trabalho devido à paralisação convocada pelo Sindicato dos Profissionais em Educação de Maricá (Sineduc).
Em um vídeo nas redes sociais, Quaquá afirmou categoricamente:
“Quem fizer, quem parar de trabalhar durante o dia, terá o ponto cortado. Aqui é o seguinte: trabalhou, ganhou. Não trabalhou, eu vou cortar o ponto.”
A paralisação de 24 horas está programada para o dia 19 de fevereiro e tem como objetivo principal reivindicar melhores condições de trabalho e um reajuste salarial digno para os educadores da cidade.
Entre as pautas discutidas pelo sindicato, destacam-se a necessidade de um aumento acima da inflação e a retomada do pagamento do Auxílio Alimentação para todos os profissionais da educação, que foi restringido apenas a servidores que ganham até cinco salários mínimos.
Com o lema “Governo bom não ataca educação” e “Escola não é depósito!”, a mobilização busca pressionar a gestão municipal a atender essas demandas consideradas urgentes pelos trabalhadores da educação.
O movimento fortalece a luta por valorização e melhorias nas condições de trabalho, refletindo a insatisfação da categoria frente a uma gestão que, segundo eles, não tem dado a devida atenção às questões educacionais.
A categoria não se intimidou com às declarações do prefeito que irá cortar o ponto daqueles que participarem da manifestação e foi para ruas de Maricá se manifestar.
Os próximos dias prometem ser de intensas discussões entre a administração municipal e os educadores, enquanto a população aguarda uma solução que atenda as preocupações de quem molda o futuro das crianças em Maricá.