Em um evento cercado por rivalidades internas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, oficializaram a trégua ao compartilhar o palco durante a celebração dos 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT).
A festividade ocorrerá neste sábado (22) no Rio de Janeiro e contará com a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e figuras proeminentes da legenda.
A relação entre Anielle e Quaquá tem sido marcada por tensões e embates públicos, especialmente em razão da postura do vice-presidente do PT sobre os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
A situação ganhou contornos mais agressivos em janeiro, quando Quaquá publicou uma foto em defesa dos irmãos, levando Anielle a acionar o Conselho de Ética do partido em resposta.
Além das rivalidades políticas, Quaquá enfrenta uma oposição crescente em sua gestão como prefeito de Maricá, onde implementou mudanças significativas que resultaram em protestos por parte dos moradores.
Projetos sociais foram extintos, e a comunidade, em especial os professores, se mobilizou contra as alterações que impactaram diretamente seus direitos.
Atualmente, os educadores estão em greve, lutando por melhores condições de trabalho e reconquistar direitos que foram tirados e que consideram essenciais.
Essa realidade traz à tona um quadro de insatisfação que se alinha às disputas políticas em curso.
A tensão já é palpável no ar, e a expectativa é de que fortes emoções permeiem o evento.
Embora a celebração do PT busque apresentar uma imagem de unidade, as frentes de conflito que Quaquá enfrenta, tanto internamente quanto externamente, podem tornar a ocasião um campo de batalha para divergências e reivindicações, refletindo as fissuras dentro do partido e a luta por direitos que ainda ecoam nas vozes dos cidadãos de Maricá.