Maricá, RJ – Enquanto o Prefeito “Quaqua” projeta um futuro aeroespacial com uma moderna plataforma de lançamento de foguetes, a realidade presente da orla de Maricá parece estar à deriva, marcada pela ausência de gestão e por um cenário de abandono.
A redação da TVC foi acionada por moradores da orla e constatou in loco a precariedade que assola a Avenida Maysa, desde antes da Ponte da Barra de Maricá.
A equipe de reportagem iniciou seu percurso na Ponte da Barra de Maricá, onde o mato alto toma conta da passagem e o canteiro está completamente invadido por vegetação e lixo.
Outro problema recorrente que afeta os moradores da orla é a proliferação de terrenos baldios em cada esquina, repletos de lixo acumulado.
Nas calçadas, diversos sacos de detritos residenciais evidenciam a falha na coleta de lixo, uma situação inaceitável considerando o contrato milionário da prefeitura com a empresa responsável.
A falta de manutenção se estende às placas sinalizadoras, que se encontram em estado de deterioração, e a trechos da ciclovia, que também carecem de reparos. A contradição é gritante: enquanto o prefeito “Quaqua” anuncia seu “projeto da cidade do futuro” e o Centro Aeroespacial, a Maricá do presente é palco de urubus se alimentando de carniça em bolsões de lixo, alçando voo para o céu azul.
Comércio em Colapso e a Indignação Popular
Em Cordeirinho, a reportagem ouviu comerciantes revoltados com a administração de “Quaqua”. Eles denunciam um colapso no comércio local. “Meu movimento caiu 70%, o dinheiro parou de circular”, desabafou um comerciante, contrastando a situação atual com a gestão do ex-prefeito Fabiano Horta, período em que, segundo eles, “o comércio estava a todo vapor”.
Os comerciantes acusam “Quaqua” de administrar a cidade visando beneficiar empresas privadas, enquanto o comércio de Maricá “agoniza”.
Vereadores na Mira da População e Denúncias Ignoradas
A população, por sua vez, responsabiliza duramente os vereadores. Eleitos com a missão fundamental de fiscalizar os atos do prefeito, os representantes do povo são vistos como coniventes com a gestão.
As críticas são ainda mais contundentes diante de um governo que, segundo a população e a imprensa local, está repleto de denúncias graves. Tais acusações foram feitas abertamente em plenário por um vereador, além de serem amplamente divulgadas através de petições públicas e reportagens da imprensa, expondo a suposta má gestão e o uso indevido de verbas públicas.
A revolta é palpável em todos os bairros visitados pela reportagem, com desabafos unânimes sobre a ausência da prefeitura em diversas áreas.
A questão que ecoa entre os moradores é: até quando o prefeito “Quaqua” continuará a gerir o dinheiro público de forma discricionária, direcionando verbas para projetos pessoais sem ouvir a população?
A lembrança do investimento de mais de 8 milhões na escola de samba do prefeito, que resultou em um modesto 5º lugar e contrariou decisões judiciais que enquadraram “Quaqua” na forma da Lei, só reforça a indignação popular.
O presente de Maricá clama por atenção e soluções urgentes, enquanto o futuro distante de foguetes parece cada vez mais distante da realidade da população.