O “Mundo Encantado” de Quaquá em Crise: Prefeito de Maricá Vê Império Político Ameaçado no PT-RJ…

O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, conhecido por sua influência e por moldar a política local a seu bel-prazer, enfrenta um momento de grande turbulência.

Seus desejos, que antes pareciam ser ordens dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro, agora batem de frente com a realidade de um partido rachado e uma crescente insatisfação popular.

A aposta de Quaquá no filho, Diego Zeidan, para a presidência estadual da sigla, revela-se uma missão espinhosa, desafiada por articulações internas e um histórico de atitudes polêmicas.

Rachaduras no PT-RJ e a Aposta de Quaquá
A disputa pela presidência estadual do PT no Rio de Janeiro escancarou as divisões internas do partido.

De um lado, o deputado federal Reimont lançou sua candidatura, angariando apoio de figuras de peso como o líder da legenda na Câmara, Lindbergh Farias, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o secretário de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, André Ceciliano.

A frente ampla que apoia Reimont tem um discurso de compromisso com a história e a militância do PT.

Do outro lado, surge a candidatura de Diego Zeidan, secretário de Habitação carioca e, principalmente, filho de Washington Quaquá. Quaquá, que é vice-presidente nacional do PT e foi cotado para a presidência nacional da sigla – mas teve seu nome esvaziado pelos caciques do partido –, agora joga todas as suas fichas na eleição do filho.

Ele defende que a eleição de Diego representaria o protagonismo estadual da “vitrine de Maricá”, referindo-se aos 20 anos de governos petistas na cidade.

Maricá, aliás, destaca-se no cenário do PT fluminense. Com 113,9 mil filiados no Rio de Janeiro em 2024, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maricá é o 4º maior município fluminense em número de petistas.

Nos bastidores, a informação é de que o número de filiações disparou na cidade sob o comando de Quaquá, embora esses números ainda não tenham sido contabilizados oficialmente.

O Preço das Decisões de Quaquá
A postura “diferenciada” do prefeito de Maricá tem gerado desgastes tanto dentro quanto fora do partido, muitas vezes ferindo o próprio regimento interno.

Sua articulação aberta com a direita, como o caso do general Pazuello — que recebeu um título de cidadão de Maricá —, e a defesa dos familiares de Domingos Brazão — preso e acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco —, motivaram duras críticas, inclusive da ex-presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Essas ocorrências, onde a vontade de Quaquá prevaleceu sobre os protocolos regimentais, criaram adversários internos que não aceitam mais ser reféns de suas decisões.

Apesar de sua reconhecida oratória e dinamismo, que foram o combustível de sua ascensão política, a missão de eleger o filho Diego para a presidência estadual é vista como difícil. Diego não possui o mesmo histórico de oratória e a dinâmica que impulsionou o pai ao poder.

Maricá e o Rosto da Insatisfação Popular
Enquanto Quaquá se movimenta com “promessas futuristas”, a realidade de Maricá aponta para uma série de problemas que, segundo críticos, foram causados ou agravados pela própria gestão do prefeito.

A cidade enfrenta desemprego em massa e a extinção de diversos benefícios sociais, afetando o comércio local devido à diminuição da circulação de dinheiro.

As ações administrativas de Quaquá parecem estar voltadas para fora do município, com a contratação de pessoas de outras cidades, muitas delas nem residentes em Maricá.

Os gastos com a escola de samba, que consumiram 8 milhões de reais sem trazer benefícios à população local, e o investimento de 73,6 milhões de reais em “projetos para o futuro”, enquanto o hospital da cidade sofre com superlotação e médicos com salários atrasados há dois meses, acentuam a revolta popular.

A insatisfação em Maricá é palpável. A enorme insatisfação de membros do partido e a revolta popular na cidade são sinais claros de que o “Mundo Encantado do Quaquá” pode estar chegando ao fim. Resta saber se o prefeito avaliará o contexto e retirará o filho da disputa estadual, inventando outro motivo que esteja longe da verdade, ou se insistirá em sua aposta, enfrentando as consequências de um cenário cada vez mais adverso.

Os próximos episódios prometem revelar o destino de Quaquá e seu império político.

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