Na sessão da quarta feira 04 de junho, depois de mais um celeuma entre o vereador Ricardinho Netuno, Igor Correa, Richard e Hadesh, com intervenções dos vereadores Felipe Auni e Adelso Pereira, durante a votação de uma matéria, a vereadora Adriana Costa (PDT), pediu declaração de voto e logo após informar que votaria favorável desabafou:
“Eu quero enquanto vereadora desta falar, falar da VERGONHA que eu estou sentindo de ser vereadora e a sessão estar sendo do jeito que está sendo, gente! Meu Deus do Céu! A POPULAÇÃO PRECISA DE TANTA COISA e a gente está discutindo diária, discutindo uma lei de 90, que a gente tem direito, que o servidor público tem direito, não foi Maricá que criou. É UM ABSURDO! Eu acredito que vários vereadores gostariam de falar de várias coisas que está acontecendo, sobre aonde nós fomos, E A GENTE NÃO TEM TEMPO DE USAR A TRIBUNA PARA ISSO!”
E aumentando a voz disse: “É UM ABSURDO CONTINUAR COM ESSA PALHAÇADA QUE ACONTECE AQUI. ISTO AQUI ESTÁ VIRANDO UM CIRCO, e eu não estou aqui para fazer parte disso, gente! EU ESTOU INDIGNADA!”
E emocionada concluiu: “É UM ABSURDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI! TODA SESSÃO TEM ALGUMA COISA DESSE TIPO! Eu não pensei que ser vereadora, a gente teria que passar por tanto constrangimento como a gente passa aqui dentro. É VERGONHOSO! EU ACHO QUE CHEGOU A HORA DA GENTE PARAR E PENSAR O QUE É, QUAL É O NOSSO PAPEL AQUI NESSA CASA. Coisas sérias não se levam a discussão maior. Então a gente tem parar e pensar nisso! CHEGA DE FAZER A CÂMARA SER PALCO POLÍTICO. A GENTE NÃO ESTÁ AQUI DISPUTANDO VOTO. Nós já ganhamos a eleição, nós já somos vereadores e vereadoras, a gente está aqui para pensar o que a população está precisando, o que a gente pode fazer, mas não tem essa discussão…
QUE PARLAMENTO É ESSE? EU FICO INDGINADA! Estou indignada com tudo isso que acontece aqui dentro dessa Câmara” finalizando e sendo aplaudida por pessoas presentes no plenário e por alguns dos seus pares.
Editorial: Infelizmente em quase todas as sessões, o vereador Netuno vem apresentando uma série de denúncias e desmandos do executivo municipal mas que por ser um dos dois vereadores de oposição ao atual governo contra os demais 19, não consegue ter apoio em solucionar os problemas e nas discussões de matérias onde acha que não são interessantes para o município e para a população, inflama boa parte dos vereadores de situação que capitaneados pelo líder do governo, acaba gerando mal estar e bate-bocas desnecessários.
matéria transcrita do portal O Barão – jornalista Pery Salgado
Editorial TVC: A Casa de Leis Virou um Circo”, Declara Vereadora em Maricá
A sessão legislativa de 4 de junho na Câmara de Vereadores de Maricá escancarou o que muitos munícipes já suspeitavam: a Casa de Leis parece, de fato, um circo. A “explosão” da vereadora Adriana Costa (PDT), integrante da base governista, durante a discussão sobre os gastos exorbitantes com as viagens do sogro do prefeito, revelou um cenário preocupante de desvio de foco e, possivelmente, de negligência com o dinheiro público. O questionamento do vereador Ricardinho Netuno (PL) sobre o relatório de despesas das viagens – que, segundo ele, ultrapassam meio milhão de reais – é um ato de dever funcional e transparência. Como fiscal do povo, é obrigação do vereador exigir esclarecimentos sobre o destino desses recursos e os benefícios que tais viagens trouxeram para Maricá e sua população. Se o objetivo era turismo, que seja dito. Afinal, a cidade já presencia gastos ainda maiores com a comitiva de apadrinhados do genro, o prefeito. No entanto, a vereadora Adriana Costa, apesar de seu equívoco em fazer críticas a postura de alguns colegas onde muitas das vezes atropela o Regimento Interno, transformando o plenário em palco para discussões que remetem a brigas de “cachaceiros em biroscas”. Essa analogia, embora forte, traduz a percepção de uma parcela da população sobre a falta de seriedade e o desrespeito ao decoro parlamentar. A vereadora se destaca, positivamente, ao clamar por uma pauta mais relevante para a população de Maricá. É inegável que a cidade anseia por debates sobre as denúncias graves peticionadas ao Ministério Público, onde milhões são direcionados a projetos pessoais do prefeito. Temas como esses, sim, deveriam ser a prioridade da Câmara, demonstrando que os representantes estão, de fato, atuando como fiscais do povo. Se a dinâmica na Casa do Povo fosse pautada pela fiscalização rigorosa e pela defesa intransigente dos interesses da população, Maricá, hoje, não estaria refém de uma administração cujos objetivos parecem se confundir com as ambições políticas do líder do Executivo. É tempo de a Câmara de Vereadores resgatar sua função precípua e deixar o circo para trás, focando no que realmente importa: o bem-estar dos maricaenses.