Tensão no PT: A Estratégia de Washington Quaquá e a Disputa por Poder Interno…

A disputa interna no Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro ganhou novos contornos com a recente denúncia de ameaça em um debate na eleição para o diretório de Duque de Caxias.

O incidente lança luz sobre a crescente influência do grupo político liderado pelo prefeito de Maricá, Washington Quaquá, e sua estratégia para expandir o poder dentro da sigla, desafiando as velhas guardas do partido.

O embate ocorreu durante um debate entre o candidato à presidência do diretório de Duque de Caxias, Bruno Leonardo, e a candidata Ruth Alves, esta última ligada ao grupo de Quaquá, a CNB Favela.

A tensão escalou quando Bruno Leonardo, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), criticou abertamente as filiações em massa, as quais classificou como “garrafinhas” – uma referência a filiados sem formação política, supostamente cooptados para votar.

Ele chegou a levantar a suspeita de que alguns grupos estariam “oferecendo R$ 100 por filiado”.

Essa crítica é direcionada diretamente ao grupo de Quaquá. Segundo Bruno Leonardo, dos 320,7 mil filiados aptos a votar nas eleições internas do PT no estado, 80 mil foram admitidos entre novembro de 2024 e fevereiro deste ano, em sua grande maioria por intermédio de Quaquá e seus aliados.

O debate foi interrompido pela “torcida” da candidata de Quaquá, e o clima ficou ainda mais hostil ao final do evento. Bruno Leonardo relatou à polícia ter sido abordado por um filiado que, de forma agressiva, disse: “você vai cair, você vai cair”.

O candidato interpretou a fala como uma ameaça de morte, alegando que “cair”, na linguagem local, significa morrer.

Quaquá, por sua vez, defende as filiações em massa, argumentando que sua atuação no Rio visa aproximar o PT das favelas e comunidades. Sua justificativa é que o partido precisa voltar a ser um “partido de massas”, uma tática que, aos olhos de seus críticos, representa uma manobra para consolidar sua base e fazer frente aos “caciques” mais antigos do PT.

O episódio em Duque de Caxias é um sintoma claro da movimentação desse setor do partido, que busca remodelar o cenário político interno e redefinir as forças de poder na legenda.

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